A microbiota intestinal é considerada um "órgão invisível" ou ainda, um "órgão metabólico", vital para o metabolismo normal e para a imunomodulação. Sua relação com várias condições patológicas intestinais e extraintestinais é cada vez mais reconhecida.
Neste artigo de revisão, Ding aborda a possibilidade de fazer tratamento de erradicação do Helicobacter pylori (H. pylori) em os todos os membros da família, como forma de reduzir a transmissão intrafamiliar e o desenvolvimento de doenças relacionadas.
Já em 1994, a International Agency for Research on Cancer considerou o Helicobacter pylori (H. pylori) como carcinógeno tipo I, apesar das evidências ainda não tão consistentes àquela época, porém consideradas suficientes para que fosse definido dessa maneira.
Já conhecemos as estatísticas que citam o câncer gástrico como o sexto mais frequente e a terceira causa de morte por câncer no mundo. Gantuya referem que a Mongólia tem a mais alta taxa de mortalidade por neoplasia gástrica em todo o mundo, que era de 25 por 100.000 habitantes em 2018.
Há inúmeros estudos associando a infecção pelo Helicobacter pylori (H. pylori), negativa ou positivamente, a doenças extradigestivas. No artigo que comentamos, Mansori et al. fazem uma metanálise para avaliar a possibilidade de o H. pylori ser um fator de risco para diabetes mellitus.
Há algum tempo, diversos pesquisadores têm se dedicado a entender as alterações da microbiota intestinal que ocorrem após o tratamento de erradicação do Helicobacter pylori (H. pylori), e o nível de resistência adquirido após o uso dos antibióticos que compõem os esquemas terapêuticos.