Aos poucos, vemos se expandir o conhecimento sobre a relação do nosso microbioma intestinal com doenças extraintestinais. Já discutimos, em comentário anterior, o interesse dos pesquisadores em avaliar o papel não apenas das bactérias.
Desde a descoberta do Helicobacter pylori (H. pylori) há uma busca constante por medicamentos que atuem sobre esse micro-organismo ou que, pelo menos, melhore a ação dos antibióticos utilizados na sua erradicação.
O estudo da nossa microbiota tem despertado interesse cada vez maior. Inicialmente, apenas as bactérias foram alvo de estudos por parte dos pesquisadores.
Temos visto inúmeros estudos associando nosso microbioma a eventos extraintestinais, possíveis devido à produção de numerosos metabólitos pelostrilhões de micro-organismos que compõem este microbioma.
A literatura é rica em estudos que associam dieta e câncer colorretal. É sabido que vários fatores ambientais podem favorecer o surgimento do câncer colorretal, como o tabagismo, o consumo excessivo de álcool, a falta de atividade física e a obesidade.
Inúmeras publicações avaliam o papel da mudança da microbiota gástrica após erradicação do Helicobacter pylori (H. pylori) na carcinogênese gástrica.