A possibilidade de estudar nossa microbiota através dos novos métodos, sem a necessidade de cultura, tem permitido evolução acelerada tanto quanto aos componentes da nossa microbiota como aos seus metabólitos e, ainda, quanto à importância desses metabólitos em várias situações patológicas.
A síndrome do intestino irritável (SII) é caracterizada por dor abdominal recorrente, associada com a defecação, e mudança do hábito intestinal, que se apresenta, tipicamente, por constipação, diarreia ou alternância entre ambas, frequentemente acompanhadas de bloating e distensão.
Esse artigo de revisão de Zhang et al. aborda uma relação pouco lembrada da microbiota: sua interferência na biodisponibilidade das drogas administradas por via oral.
A progressiva resistência do Helicobacter pylori (H. pylori) aos antibióticos habitualmente utilizados nos esquemas de tratamento deste micro-organismo, tem estimulado a pesquisa de novos medicamentos que possam ser utilizados para melhorar os índices de erradicação.
Cada vez mais, vemos que tudo o que é ingerido/administrado por via oral tem seu papel melhorado/piorado/modificado/ativado pela microbiota intestinal, ou modificam mecanismos fisiológicos desta microbiota, parecendo que poucos agem diretamente, sem antes "passar pelo crivo" da nossa microbiota.
A interrelação entre micro-organismos intestinais e o hospedeiro vem se desenvolvendo há milhares de anos, criando condições adversas e favoráveis, dependendo de numerosos fatores como, por exemplo, o momento do contato com o ambiente, como enfatizado na "hipótese da higiene".